quarta-feira, 1 de julho de 2015

Sindicalista fica mais de 80 horas amarrado a portão de estaleiro no RS

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande, Benito Gonçalves, se amarrou ao portão em frente a um dos estaleiros do Polo Naval do município do Sul do Rio Grande do Sul. Ele protesta por conta de um impasse que já leva à um atraso de um ano e 10 meses no início das obras das plataformas P-75 e P-77.

Gonçalves já está há mais de oitenta horas preso a um portão do estaleiro. Ele requer o fim do impasse que envolve a estatal e o consórcio formado por Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás para a construção das plataformas. O Polo Naval de Rio Grande enfrenta diversos problemas depois das muitas denúncias de irregularidades na Petrobrás.

"A ideia de me prender no portão foi para mostrar que estamos amarrados e presos. Quem roubou está solto e nós estamos presos", desabafou o sindicalista.

Em 09/2013, a Petrobras e o estaleiro fizeram um contrato no valor de US$ 1,6 bilhão, mas o estaleiro pede mais US$ 160 milhões pedindo mudanças feitas pela Petrobras no projeto inicial. A estatal, no entanto, concorda em aumentar o montante em até US$ 21 milhões.

5 navios com peças para os projetos já foram descarregados no porto, mas as reuniões para resolver o contrato estão totalmente paradas. Há o grande risco das plataformas serem repassadas para estaleiros na China. A construção tem grande potencial para gerar cerca de 5 mil empregos.

Fonte: G1

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